Digital
26/10/2020

Da informação para o pós-digital: como isso afeta sua empresa

Muita gente já entendeu, e outros ainda estão resistente, mas, bem ou mal, estamos passando por uma mudança de eras – da informação para a pós-digital.

É uma transformação – mexe com a comunicação, com o mercado e os padrões de consumo.

A pandemia do novo Coronavírus acelerou consideravelmente a consolidação da era pós-digital.

Obrigados a ficarem em casa por uma questão de saúde pública, os consumidores passaram a buscar empresas que oferecem tudo pela internet.

As empresas que ainda insistiam com a resistência ao uso de tecnologias mudaram essa concepção rapidamente. Obviamente, por uma questão de sobrevivência.

Houve, sim, as que não conseguiram se manter.

Por dificuldade de uma mudança abrupta, por não terem dado os passos nesse sentido antes do início da pandemia, por sequer pensarem ou planejarem essa migração do que era possível mais cedo.

O Mundo VUCA vem sendo exemplificado claramente com a disseminação mundial do vírus.

A volatilidade, a incerteza, a complexidade e a ambiguidade (acrônimo de VUCA, em inglês) fazem total sentido nesse cenário.

Embora já se encaixasse na era da informação, o Mundo VUCA foi intensificado nesse  momento no mercado.

Empresas estão desafiadas a lidar com:

1. Volatilidade, ou seja, a instabilidade, a facilidade com que tudo muda repentinamente. De trabalhos necessariamente presenciais, por exemplo, as empresas precisaram viabilizar o home office aos funcionários rapidamente.

2. Incerteza – muitas empresas não sabiam e/ou ainda não sabem quais atitudes tomar. As informações mudam constantemente e, com isso, os negócios precisaram aprender a pisar em terrenos desconhecidos, apesar dos receios.

3. Complexidade, já que vive-se num emaranhado de atitudes, causas e consequências que não têm separação.

4. Ambiguidade, com várias e dúbias possibilidades interpretativas, tomar decisões é completamente desafiador.

O que é o pós-digital?

O publicitário Walter Longo já abordava a respeito dessa era em 2014, quando publicou o livro “Marketing e Comunicação na Era Pós-Digital: As Regras Mudaram”.

Naquela época ele já ressaltava que o mundo não era mais on ou off, mas, sim, onoff, uma “conjunção simbiótica do digital com o experiencial”.

E reforçava o que viria, logo mais, nesse contexto pandêmico: “o que se reconhece como verdade nesse novo período do mundo é que agora o digital é fundamental e não apenas experimental” (grifo nosso!).

Também já falamos sobre isso no post “Transformação Digital e seu impacto em Vendas”. Lá, lembramos que as empresas precisam ir além da criação de sites, blogs e redes sociais. 

Mais do que nunca, é preciso pensar em todos os possíveis pontos de contato entre a empresa e público com a mediação de alguma tecnologia e algum dispositivo. 

Longo trabalha com a ideia de superar o uso de “armas digitais” (como sites, blogs e redes sociais), para a criação de uma “alma digital” para as empresas. 

Segundo seu conceito, a alma digital deve fazer parte da organização e da gestão da empresa, e não apenas da maneira com que se comunica com o mercado. Para isso, segue ele, as empresas precisam raciocinar fórmulas de gestão adequadas ao novo tempo.

E cita, como exemplos, o trabalho em sistemas colaborativos, a transformação de custos fixos em variáveis, a criação de canais complementares de vendas e de serviços de atendimento (o que multiplica os pontos de contato). 

E o consumidor no pós-digital…

Essas mudanças nas empresas vêm, logicamente, de uma transformação na maneira de consumo. E não se engane: mesmo os maiores fãs da sua marca não seguirão ao seu lado caso sua empresa não se adeque ao que ele precisa nesse novo momento.

A atuação online, já percebemos, é um caminho sem volta. Porém, mais do que isso, as empresas precisarão entender como tornar esse contato pela internet, cada vez mais humano.

É, realmente, de certa forma, ambíguo. E já falamos que seria assim – afinal, o mundo é (completamente) VUCA. Mas esse é o ponto para retomarmos o quanto o relacionamento é fundamental.

Esse tema foi abordado aqui no blog, no texto “Como sua marca pode ser mais humana no digital”. Basicamente, o que ele traz é que, apesar de tantas ferramentas digitais incríveis disponíveis atualmente, o relacionamento é criado quando há humanização. 

O consumidor não se contenta mais somente com a qualidade de produtos e serviços. Esse não é mais um diferencial, e, sim, um pressuposto, especialmente no digital.

Então, como manter esse consumidor e atrair novos? Repense a empresa, entendendo quais serão as exigências do mercado daqui para frente. Estar atento às tendências e ao futurismo são os primeiros passos.

Esses embasamentos podem resultar na criação da alma digital de sua empresa.

Ao mesmo tempo, e de maneira mais ágil:

1) Esteja no digital; 

2) Ofereça qualidade; 

3) Comunique-se intensa e proximamente ao consumidor (tenha sua Brand Persona definida para que o cliente saiba com “quem” está falando); 

4) Instigue o relacionamento saudável e íntimo

5) Supere as expectativas nas entregas – o que, somado ao relacionamento, gera defensores da marca.

Sim, sabemos que é um caminho intenso e, ao mesmo tempo que precisa ser percorrido com urgência. A complexidade, afinal, tem seu lugar no nosso Mundo VUCA…

Se precisar de ajuda para entender tudo isso e “traduzir” em uma estratégia e em um planejamento que façam sentido e, principalmente, resultem no crescimento da sua empresa, acione a Gatilho.

Buscando contribuir ainda mais nesse momento desafiador, em parceria com a Zucchi Consultoria, a Gatilho também oferece O Ciclo. Trata-se de um método de lançamento para adaptar ou transformar negócios para vender online.

Vamos partir juntos para a era pós-digital?

Mauricy Pace

Graduado em Publicidade e Propaganda, com especialização em Branding e Mestre em Educação. Professor universitário, analista digital e curioso nas horas vagas.

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